A Universidade e a Pandemia

02/09/2020 19:41

Fonte da foto: Arquivo pessoal

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Por Daniel Nascimento-e-Silva e Dauana Berndt Inácio

 

Você já parou para pensar sobre o papel que a Universidade Pública tem para com a sociedade? Pois bem! Nos últimos meses muito se tem discutido sobre o papel e a importância das Universidades, tanto no cenário nacional, quanto internacional. É sabido que as universidades têm grande peso no quesito da ciência e da pesquisa. A Universidade sempre foi um local privilegiado para conhecer o mundo e apresentar soluções para ele. Não é por acaso, então, que ela acabe sendo cobrada pela sociedade quando aparecem problemas graves, como é o caso da pandemia do Coronavírus.

 

Fonte da foto: Arquivo pessoal

Ao longo de centenas de anos, as universidades vêm pensando e desenvolvendo reflexões e soluções para a sociedade como um todo. São estudos e pesquisas com grandes avanços nas mais diversas áreas desde a agricultura às viagens espaciais, por exemplo. Na medicina as conquistas que as pesquisas feitas em universidades conseguiram alcançar parecem insondáveis. Todos os dias inúmeras são as descobertas, tanto na produção de novos equipamentos, instrumento, medicação, quanto no avanço do próprio tratamento. Quem nunca sonhou com a cura do câncer, Alzheimer, HIV e tantas outras doenças que assolam a população há muito tempo.

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Os desafios “pós pandemia” da educação superior na América Latina

02/09/2020 19:05

Fonte da foto: Currículo Lattes

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Por Thiago Henrique Almino Francisco

 

Desde antes da atual situação sanitária que percorre o Mundo, decorrente da pandemia do Covid-19, as discussões relacionadas a estrutura e o funcionamento das instituições de ensino superior, bem como das tendências para o seu desenvolvimento, já eram pautas prioritárias no território dos pesquisadores que são entusiastas do tema. Em virtude de todos os desdobramentos ocasionados desde o inicio da pandemia, tais discussões foram profundamente potencializadas com o objetivo de compreender os movimentos pelos quais os este segmento educacional deve passar. Independente do modelo; considerando a configuração que predomina no contexto latino americano e que se constrói em torno de um modelo essencialmente “não estatal”; as tendências para o setor são relacionadas àquelas que se alinham com o contexto socioeconômico, indicando a necessidade de uma nova configuração nos projetos de desenvolvimento destas instituições para torná-las cada vez mais relevantes.

 

No contexto latino americano os desafios parecem ser maiores. Do ponto de vista macroeconômico, fala-se de uma região com uma perspectiva de pouco crescimento populacional e econômico previsto para os próximos 10 anos e, em função do contexto de pandemia, de uma região que será impactada por um empobrecimento sistêmico da população e que vai restringir a mobilidade social de uma parcela considerável de pessoas. No Brasil, estima-se que em curso prazo cerca de 15 milhões de famílias migrem da classe “D” para a “E”, o que deve incluir em um contexto de pobreza cerca de 45 milhões de pessoas. Nesse sentido, emergem desafios bastante significativos para o ensino superior, mais especificamente para as instituições que, independente do seu modelo administrativo ou acadêmico, passarão por um momento de profunda reflexão sobre a sua estrutura para atender a alguns desafios, dentre os quais destaco:

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Sistema de Gestão Estratégica Universitária

02/09/2020 14:20

Fonte da foto: Currículo Lattes

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Por Luciano Rodrigues Marcelino

 

A corrente acadêmica tecnicista ainda tem levado muitos dirigentes educacionais a produzir uma complexa conjunção de documentos e planilhas para compor o plano de desenvolvimento estratégico institucional, muito bem elaborados, limitando-se, entretanto, a cumprir marcos regulatórios internos e/ou externos, porém, incapaz de se transformar em um efetivo instrumentos de gestão.

 

Um plano de desenvolvimento estratégico institucional deveria converter-se num balizador dos principais processos de tomadas de decisão, promovendo alinhamento em todas as esferas organizacionais e um amplo movimento sincronizado de competências, talentos e recursos.

 

Dada a complexidade, a quantidade de atores e grupos de interesses e o ativismo em que vivem os profissionais de uma IES, adotar um modelo metodológico de construção coletiva requer fôlego, porém os resultados costumam ser muito mais efetivos em relação ao essencial: o  compromisso institucional.

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Desafio para la gestion universitaria: un resultado de la pandemia COVID-19

27/08/2020 12:24

Fonte da foto: arquivo pessoal

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Por Horacio Vicente Barreda Tamayo

 

1. La principal característica de la pandemia COVID-19, es su carácter global (afecto directamente a todos los países del mundo). Después de ocho meses de su inicio, los daños en la salud (contagiados y fallecidos) y en la economía (desempleo y recesión); no es semejante en todos los países, existen grandes diferencias.

 

Enfrentar la pandemia, como todo problema, es multicausal. Pero entre los factores determinantes, (de las grandes diferencias entre el mayor y el menor daño social y económico de la pandemia) está la GESTIÓN DE LAS AUTORIDADES PÚBLICAS.

 

El principal trabajo de una autoridad, es TOMAR DECISIONES, comunicarlas y cambiarlas según las circunstancias, a fin de lograr resultados positivos (minimizar el daño social y económico).

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Universidade e Gestão: a reflexão necessária

20/08/2020 11:00

Fonte da foto: Currículo Lattes

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Por Pedro Antônio de Melo

 

Ao longo de minha vida acadêmica tenho repetido, exaustivamente, nas classes de mestrado e doutorado em Gestão Universitária, que “a Universidade deve estar sempre à frente de seu tempo”. Certamente, isto é fruto da paixão que nutro por esta instituição social milenar, como agente agregador, sistematizador e potencializador de conhecimentos que transformam a sociedade.

 

Notadamente,  mais incisivamente, a partir  do final da segunda metade do Século passado, vimos que os desafios impostos pela sociedade do conhecimento, nos dão conta de que a Universidade tradicional não está sintonizada em sua totalidade aos novos parâmetros globais. Antes da virada do milênio assistimos, como numa grande tela de cinema, a sutil mas radical passagem da Era industrial para a Era do Conhecimento, sobretudo com o sistemático crescente das TICs, com os avanços até então inimagináveis pela  Internet, ao disponibilizar todo o conhecimento produzido pela humanidade com alguns cliques, e, com a expansão e popularização das mídias sociais que fomentaram uma sociedade mais crítica, vigilante e exigente.  Na mesma direção, os meios de comunicação massivos invadiram lares, ambientes de trabalho e transformaram, radicalmente, indivíduos e a vida humana em sociedade.

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Problemas no País das Maravilhas

22/07/2020 15:29

Fonte da foto: Currículo Lattes

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Por Dilvo Ristoff
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Em 2011, depois de ministrar um curso ao mesmo tempo presencial e online, Sebastian Thrun, professor titular da Universidade de Stanford, percebeu que era hora de mudar. Presencialmente, o seu curso foi oferecido a 200 alunos da própria Stanford e a distância a mais de 160.000. Os 200 alunos presenciais rapidamente se tornaram 30, pois a grande maioria dos alunos passou a preferir os vídeos do professor ao próprio professor.

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A crescente popularidade de seus cursos fez com que Thrun se sentisse motivado a dar passos mais decisivos. Ele abandona a carreira estável de docente e cria a sua empresa, a Udacity, e começa a oferecer Massive Open Online Courses (MOOCs). Segundo Thrun, o que o levou a se aventurar na educação a distância foram as práticas pedagógicas tradicionais, insensíveis demais às mudanças tecnológicas. Em suas palavras: “Tivemos a industrialização, a invenção do celular, da mídia digital e, milagrosamente, os professores de hoje ensinam exatamente como ensinavam mil anos atrás”. E arremata: “Tendo feito isso, não consigo mais ensinar em Stanford”.

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A escolha de Thrun é uma escolha entre o tradicional e o novo; entre ministrar aulas para um número pequeno de alunos em uma sala de aula, num horário predeterminado, e ensinar milhares de pessoas, em seus próprios ritmos, tempos e espaços. É também uma escolha entre o velho campus e o campus do futuro; entre a biblioteca como um espaço restrito que abriga um acervo e as ferramentas de busca de informação em todos os cantos do planeta; entre um currículo rígido como o cristal e um currículo maleável como a chama; entre uma sala de aula com paredes e um espaço aberto sem limites; entre o professor sabe-tudo e o professor-orientador, entre o ensino expositivo e o ensino centrado na resolução de problemas.

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