-
Os desafios “pós pandemia” da educação superior na América Latina
Publicado em 02/09/2020 às 19:05 07Wed, 02 Sep 2020 19:05:45 +000045.Fonte da foto: Currículo Lattes
.
Por Thiago Henrique Almino Francisco
Desde antes da atual situação sanitária que percorre o Mundo, decorrente da pandemia do Covid-19, as discussões relacionadas a estrutura e o funcionamento das instituições de ensino superior, bem como das tendências para o seu desenvolvimento, já eram pautas prioritárias no território dos pesquisadores que são entusiastas do tema. Em virtude de todos os desdobramentos ocasionados desde o inicio da pandemia, tais discussões foram profundamente potencializadas com o objetivo de compreender os movimentos pelos quais os este segmento educacional deve passar. Independente do modelo; considerando a configuração que predomina no contexto latino americano e que se constrói em torno de um modelo essencialmente “não estatal”; as tendências para o setor são relacionadas àquelas que se alinham com o contexto socioeconômico, indicando a necessidade de uma nova configuração nos projetos de desenvolvimento destas instituições para torná-las cada vez mais relevantes.
No contexto latino americano os desafios parecem ser maiores. Do ponto de vista macroeconômico, fala-se de uma região com uma perspectiva de pouco crescimento populacional e econômico previsto para os próximos 10 anos e, em função do contexto de pandemia, de uma região que será impactada por um empobrecimento sistêmico da população e que vai restringir a mobilidade social de uma parcela considerável de pessoas. No Brasil, estima-se que em curso prazo cerca de 15 milhões de famílias migrem da classe “D” para a “E”, o que deve incluir em um contexto de pobreza cerca de 45 milhões de pessoas. Nesse sentido, emergem desafios bastante significativos para o ensino superior, mais especificamente para as instituições que, independente do seu modelo administrativo ou acadêmico, passarão por um momento de profunda reflexão sobre a sua estrutura para atender a alguns desafios, dentre os quais destaco:
-
Sistema de Gestão Estratégica Universitária
Publicado em 02/09/2020 às 14:20 02Wed, 02 Sep 2020 14:20:59 +000059..
Por Luciano Rodrigues Marcelino
A corrente acadêmica tecnicista ainda tem levado muitos dirigentes educacionais a produzir uma complexa conjunção de documentos e planilhas para compor o plano de desenvolvimento estratégico institucional, muito bem elaborados, limitando-se, entretanto, a cumprir marcos regulatórios internos e/ou externos, porém, incapaz de se transformar em um efetivo instrumentos de gestão.
Um plano de desenvolvimento estratégico institucional deveria converter-se num balizador dos principais processos de tomadas de decisão, promovendo alinhamento em todas as esferas organizacionais e um amplo movimento sincronizado de competências, talentos e recursos.
Dada a complexidade, a quantidade de atores e grupos de interesses e o ativismo em que vivem os profissionais de uma IES, adotar um modelo metodológico de construção coletiva requer fôlego, porém os resultados costumam ser muito mais efetivos em relação ao essencial: o compromisso institucional.
-
Desafio para la gestion universitaria: un resultado de la pandemia COVID-19
Publicado em 27/08/2020 às 12:24 12Thu, 27 Aug 2020 12:24:38 +000038.Fonte da foto: arquivo pessoal
.
Por Horacio Vicente Barreda Tamayo
1. La principal característica de la pandemia COVID-19, es su carácter global (afecto directamente a todos los países del mundo). Después de ocho meses de su inicio, los daños en la salud (contagiados y fallecidos) y en la economía (desempleo y recesión); no es semejante en todos los países, existen grandes diferencias.
Enfrentar la pandemia, como todo problema, es multicausal. Pero entre los factores determinantes, (de las grandes diferencias entre el mayor y el menor daño social y económico de la pandemia) está la GESTIÓN DE LAS AUTORIDADES PÚBLICAS.
El principal trabajo de una autoridad, es TOMAR DECISIONES, comunicarlas y cambiarlas según las circunstancias, a fin de lograr resultados positivos (minimizar el daño social y económico).
-
Universidade e Gestão: a reflexão necessária
Publicado em 20/08/2020 às 11:00 11Thu, 20 Aug 2020 11:00:18 +000018..
Por Pedro Antônio de Melo
Ao longo de minha vida acadêmica tenho repetido, exaustivamente, nas classes de mestrado e doutorado em Gestão Universitária, que “a Universidade deve estar sempre à frente de seu tempo”. Certamente, isto é fruto da paixão que nutro por esta instituição social milenar, como agente agregador, sistematizador e potencializador de conhecimentos que transformam a sociedade.
Notadamente, mais incisivamente, a partir do final da segunda metade do Século passado, vimos que os desafios impostos pela sociedade do conhecimento, nos dão conta de que a Universidade tradicional não está sintonizada em sua totalidade aos novos parâmetros globais. Antes da virada do milênio assistimos, como numa grande tela de cinema, a sutil mas radical passagem da Era industrial para a Era do Conhecimento, sobretudo com o sistemático crescente das TICs, com os avanços até então inimagináveis pela Internet, ao disponibilizar todo o conhecimento produzido pela humanidade com alguns cliques, e, com a expansão e popularização das mídias sociais que fomentaram uma sociedade mais crítica, vigilante e exigente. Na mesma direção, os meios de comunicação massivos invadiram lares, ambientes de trabalho e transformaram, radicalmente, indivíduos e a vida humana em sociedade.
-
Publicado em 13/08/2020 às 11:43 11Thu, 13 Aug 2020 11:43:11 +000011.
-
Problemas no País das Maravilhas
Publicado em 22/07/2020 às 15:29 03Wed, 22 Jul 2020 15:29:33 +000033.Fonte da foto: Currículo Lattes
.
Por Dilvo Ristoff
.
Em 2011, depois de ministrar um curso ao mesmo tempo presencial e online, Sebastian Thrun, professor titular da Universidade de Stanford, percebeu que era hora de mudar. Presencialmente, o seu curso foi oferecido a 200 alunos da própria Stanford e a distância a mais de 160.000. Os 200 alunos presenciais rapidamente se tornaram 30, pois a grande maioria dos alunos passou a preferir os vídeos do professor ao próprio professor.
.
A crescente popularidade de seus cursos fez com que Thrun se sentisse motivado a dar passos mais decisivos. Ele abandona a carreira estável de docente e cria a sua empresa, a Udacity, e começa a oferecer Massive Open Online Courses (MOOCs). Segundo Thrun, o que o levou a se aventurar na educação a distância foram as práticas pedagógicas tradicionais, insensíveis demais às mudanças tecnológicas. Em suas palavras: “Tivemos a industrialização, a invenção do celular, da mídia digital e, milagrosamente, os professores de hoje ensinam exatamente como ensinavam mil anos atrás”. E arremata: “Tendo feito isso, não consigo mais ensinar em Stanford”.
.
A escolha de Thrun é uma escolha entre o tradicional e o novo; entre ministrar aulas para um número pequeno de alunos em uma sala de aula, num horário predeterminado, e ensinar milhares de pessoas, em seus próprios ritmos, tempos e espaços. É também uma escolha entre o velho campus e o campus do futuro; entre a biblioteca como um espaço restrito que abriga um acervo e as ferramentas de busca de informação em todos os cantos do planeta; entre um currículo rígido como o cristal e um currículo maleável como a chama; entre uma sala de aula com paredes e um espaço aberto sem limites; entre o professor sabe-tudo e o professor-orientador, entre o ensino expositivo e o ensino centrado na resolução de problemas.
-
Publicado em 21/07/2020 às 23:48 11Tue, 21 Jul 2020 23:48:31 +000031.
-
Publicado em 16/07/2020 às 14:52 02Thu, 16 Jul 2020 14:52:42 +000042.
-
O campus híbrido
Publicado em 08/07/2020 às 23:51 11Wed, 08 Jul 2020 23:51:07 +000007..
Por Dilvo Ristoff
.
A atual pandemia tornou mais evidente a necessidade de se pensar em espaços de aprendizagem para além da sala de aula tradicional. Mostrou também a necessidade e as vantagens de se fazer uso de plataformas digitais para acesso a conteúdo e materiais didáticos e para a interação dos indivíduos. O impressionante número de conferências, seminários, cursos, minicursos e debates virtuais ocorridos nos últimos meses indica que estamos, decididamente, diante de mudanças profundas.
.
Apesar dessas mudanças, que inexoravelmente ocorrerão nos próximos anos, a experiência humana indica que somos seres que não conseguem prescindir do convívio social. Com as aulas suspensas, com os jogos olímpicos cancelados, com os campeonatos de futebol, vôlei e de todas as modalidades esportivas interrompidos, com teatros fechados, com os shows artísticos cancelados, a tendência foi viabilizar, na medida do possível, as ‘mesmas’ atividades na segurança do isolamento possibilitada pelas novas tecnologias (Facebook, WhatsApp, Twitter, LinkedIn, etc.).
.
O abraço foi substituído pelo abraço emoji, a conversa tête-à-tête pelo chat ou a videochamada e a roda de conversa com amigos e colegas de trabalho pelo encontro no Zoom ou no Google Meet. E a televisão, na ausência do esporte ao vivo, encontrou a compensação na exibição de reprises de grandes jogos do passado, celebrando a experiência coletiva. Por tudo isso, muitos consideram inadequado falar em ‘distanciamento social’. Preferem a expressão ‘distanciamento físico’, pois o convívio social, embora de forma virtual, mantém-se intenso.
-
Publicado em 26/05/2020 às 16:01 04Tue, 26 May 2020 16:01:00 +000000.